Gincana Literária

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  Fotos da  Gincana  que ocorreu no dia  20/05

Regina Silveira

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  Praticamente dez anos de exploração de perspectivas ilusionistas decorreram antes que essas representações de Regina Silveira conhecessem este seu momento de penetração internacional. Isso traduz bem as dificuldades de repercussão a esse nível para uma carreira que se faz no Brasil e ademais à distância do circuito comercial e da ideologia das seleções oficiais. Entretanto, já encontrávamos a sua disposição para o diálogo cosmopolita na fase que antecede a dos objetivos presentes, ou seja, na linguagem da artista multimídia dos anos de 1970. Fundamentalmente desenhista, ela estava então concentrada em processos gráficos de reprodução da imagem, utilizando além da serigrafia - veículo de sua predileção - o offset, o blue-print, o xerox e o microfilme, para desenvolver uma temática de significados que transitam entre o lúdico e a mensagem crítica. Tal material, que aproveita com largueza imaginativa as potencialidades dos recursos tecnológicos, foi difundido em exposições no Brasil e no exterior, cabendo ressaltar a ativa integração da autora ao movimento de oposição ao culto do objeto artístico, que foi a "mail art". Esse tempo anterior, que inclui experiências de vídeoarte, vincula-se por seus elementos conceptuais à evolução futura de sua obra.
Nascida em 1939, no Rio Grande do Sul, onde se formou, Regina Silveira iniciara-se nos anos de 1960 como pintora, desenhista e gravadora, demonstrando empatia com a figuratividade expressionista, uma tendência de fortes raízes no modernismo do país. Essa propensão não demoraria a alterar-se sob influências abstradas informais e por uma mudança de ordem mais radical em fins do decênio, quando foi desperta na Europa para as possibilidades de espaços elaborados por formas geométricas. Conseqüências diretas da absorção racionalista fizeram-se logo perceber em relevos e objetos que construiu com materiais industriais.

Arte e Técnologia

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Utilizar a técnica como parte da expressão artística é a grande mudança que chegou com a arte e tecnologia



Pesquisadores e artistas independentes revolucionam o olhar tradicional com as novas formas de expressão artísticas. Nanotecnologia, biotecnologia, arte on-line, trabalhos colaborativos e ativismo via web são as novidades em arte e tecnologia no Brasil. O Universia preparou um panorama histórico e um diretório de pesquisa para você.
Utilizar a técnica como parte da expressão artística é a grande mudança que chegou com a arte e tecnologia. O gênero já atraiu pesquisadores e artistas independentes de todo o Brasil. Praticada em museus, universidades e nas ruas, a arte e tecnologia tem muitas faces e nomes.
Net artweb artInternet artmídia-artearte e técnicaarte e tecnologia. Atende por muitos nomes o novo campo de exploração de pesquisadores e artistas independentes de todo o Brasil. Utilizar a tecnologia como uma forma de expressão e questionamento crítico não é novidade. "O que muda naarte e tecnologia é a utilização de novos suportes artísticos, bem diferentes dos utilizados em pintura e escultura", diz o pesquisador Fábio Fon, mestre em multimeios pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e pesquisador de arte e tecnologia da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
O surgimento e a diferenciação da arte e tecnologia no Brasil foi influenciado por tendências no exterior. Atualmente, diversas universidades pesquisam temas relacionados à arte e tecnologia cibercultura. Instituições como SESC (Serviço Social do Comércio) e Paço das Artes (USP - Universidade de São Paulo) possuem exposições renomadas na área de arte e tecnologia. Há menos de cinco anos, a arte e tecnologia passou a fazer parte da Bienal de São Paulo. Em 2004, diversos artistas renomados participam do evento que atrai cada vez mais público.

Julio Plaza

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Julio Plaza González (Madri, Espanha 1938 - São Paulo SP 2003). Artista intermídia, escritor, gravador e professor. Inicia sua formação artística na década de 1950, com estudos livres em Madri. Posteriormente freqüenta a École de Beaux-Arts [Escola de Belas Artes], em Paris. Vem ao Brasil em 1967, integrando a representação espanhola que participa da 9ª Bienal Internacional de São Paulo. Ingressa na Escola Superior de Desenho Industrial - ESDI, no Rio de Janeiro, com bolsa de estudos concedida pelo Itamaraty. Leciona linguagem visual e artes plásticas, como artista residente, no Departamento de Humanidades da Universidad de Puerto Rico, entre 1969 e 1973. Em seguida, muda-se para São Paulo, onde se torna professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP e da Fundação Armando Álvares Penteado - Faap. Em 1975, publica com Augusto de Campos (1931) os livros Caixa Preta ePoemóbiles. Funda, em 1978, o Centro de Artes Visuais Aster, com Donato Ferrari (1933), Walter Zanini (1925) e Regina Silveira (1939), com quem foi casado. Em 1985, conclui doutorado em semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP. Na década de 1990, leciona no Departamento de Multimeios do Instituto de Artes da Unicamp. É autor de publicações teóricas sobre arte, como Videografia em Videotexto, 1986, e Os Processos Criativos com os Meios Eletrônicos: Poéticas Digitais, com Monica Tavares, 1998. Ministra curso sobre interações entre imagem e texto, no Itaú Cultural, em 2001.